terça-feira, 1 de maio de 2012

MOVIMENTO CHICANO

O Movimento Chicano, 1965 - 1975, originário da luta contra a discriminação dos imigrantes mexicanos nos Estados Unidos, deve ser lembrado oelo seu ativismo artístico, revelando novos artistas e promovendo a criação de centros culturais "mexicano-americanos" e hispânicos. Diversos artistas - norte-americanos de origem hispânica ou migrantes radicados nos Estados Unidos - trazem os debates sobre a diversidade cultural e produção de identidades para as obras que realizam. A chamada arte gay conhece maior notoriedade em função do impacto da Aids no mundo artístico de Nova York e da atuação de grupos como o Act-Up e o Gran Fury, nas décadas de 1980 e 1990.

Os efeitos dos debates sobre o multiculturalismo no Brasil mereceriam uma discussão à parte, dada a sua complexidade. País de raízes mestiças, e que não constitui historicamente minorias que se organizam como comunidades apartadas do conjunto - os migrantes assimilam à sociedade nacional -, o Brasil parece ficar à margem dessas discussões até a década de 1980, data do fortalecimento e visibilidade das chamadas minorias étnicas, raciais e culturais. A pressão dos novos atores sociais reverbera diretamente no texto da Constituição de 1988, considerada um marco em termos da admissão do nosso pluralismo étnico. Os efeitos dessas formas renovadas de engajamento podem ser observados no campo da produção artística, sobretudo da literatura fala-se em "escrita feminina", em "vozes negras", homoerótico etc.). Na música jovem, das periferias urbanas, define-se o espaço de uma cultura negra: o funk, o rap, o hip hop. O campo das artes visuais recebe o impacto dessas problemáticas - a experiência das minorias aparece tematizada em um ou outro artista -, ainda que pareça difícil localizar aí uma produção de cunho multicultural com contornos definidos

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